Locução: Ronald Ângelo
“Qual posição você prefere, Bilu?”, pergunta o repórter. “A posição que você mais gosta”, responde o ET. (Conversa entre ET Bilu e Danilo Gentili)
Quem imaginaria que um contato de 4º grau, uma interação única entre um humano e um extraterrestre, seria levado a público numa conotação como essa?
Para entender essa história, já deixo uma dica: vale você conferir também como foi a conversa do Bilu com a Rede Record. Porque o que será descrito a seguir tem uma cronologia dos fatos: a Record realizou antes o Teste de Concha e o Danilo Gentili foi o segundo a visitar a estrutura do até então Projeto Portal, hoje Dakila Pesquisas.
E, se na Record insinuaram que era uma seita apocalíptica com tendência a um suicídio coletivo, no extinto CQC da Rede Bandeirantes, o teor foi de pura “zuação” (desculpem o termo chulo, mas não há outro que retrate melhor o que foi ao ar naquele episódio).
O que os dois programas tiveram em comum? A música fúnebre e o veredicto de que tratava-se de uma farsa. Apenas o tom da reportagem é que foi, digamos, diferente.
Em primeiro lugar, entendamos um ponto para não lançarmos pedras: o CQC era um programa essencialmente de humor, logo não se poderia esperar nada muito diferente. A questão é: por que?
Com tantas informações valiosas, por que um programa como CQC participou do que poderia ser um momento único na nossa civilização?
Difícil responder a essa questão. Mas, revendo a história, é possível traçar algumas reflexões.
Convenhamos, o Bilu também tem senso de humor. Aliás, nas descrições de interações com ele, é muito comum escutarmos relatos bem-humorados, senão engraçados, dele com as pessoas. Então, somos obrigados a admitir que Bilu e CQC têm algo em comum (caro leitor, esta que vos fala lamenta traçar esse tipo de semelhança, mas faz sentido, né?)
Isso porque o humor nos contagia.
Palestras, filmes, músicas, charges, programas de televisão, aulas nos marcam quando usam o humor para ganhar nossa atenção.
Para dar um exemplo prático e simples: quem já fez cursinho pré-vestibular, certamente viu isso acontecer. Professores engraçados trazendo temas difíceis ficaram registrados na nossa memória e facilitaram os estudos e posterior acesso à universidade.
Em outras palavras, nós humanos aprendemos melhor quando estamos numa situação leve.
A própria Harvard Business Review publicou um artigo defendendo que um dos 16 hábitos da mente na educação é encontrar humor. Isso mesmo: rir, procurar o inédito, o absurdo, o irônico, o inesperado – e até rir de si mesmo faz diferença quando estamos aprendendo. O artigo é de Laura L. Fitzpatrick, Priscila Torres e Thamila Zaher e você pode procurar mais a respeito.
É curioso porque quando Havard fala, nós aplaudimos. Mas quando assistimos às cenas do CQC ou outras interações do ET Bilu, apenas rimos e muitos de nós até dizem que não é digno da nossa atenção.
E digo mais: contrastes, meus amigos, marcam nosso coração e acendem na nossa lembrança.
Aqueles mais inquietos que tiveram a curiosidade de assistir aos bastidores do CQC, divulgado na época pelo Projeto Portal, vão perceber que o que foi ao ar pela Rede Band retrata o jogo de interesses e manipulação que as mídias utilizam para influenciar a forma como enxergamos o mundo. Em outras palavras, um incrível contraste, que nos faria duvidar da veracidade deste vídeo, não fosse o cuidado dos cinegrafistas (do Projeto Portal) em registrar o rosto do Danilo Gentili, comprovando que era mesmo ele que estava ali naquelas imagens.
“Ah, mas ele fingiu ali para enganar as pessoas do Projeto Portal e conseguir o ‘furo de reportagem’”, você pode me dizer.
Na real: deem a ele o Oscar então, porque semelhante entusiasmo e interesse foi visto inúmeras vezes pelas pessoas que já estiveram diante dos fenômenos que o Bilu proporcionou. Então, sinceramente, é pouco provável que o Danilo tenha sido um mero ator ali. Até separamos, do vídeo dos bastidores, imagens onde mostram as reações do repórter diante dos fenômenos e do extraterrestre:
Ora, se o caso era uma farsa, se o Bilu não existia, se os fenômenos luminosos no céu eram uma fraude, se nada ali foi verdadeiro e digno de ser levado a sério, por que o Danilo Gentili ficou tão impressionado?
Ah, e tem o gran finale: se liga na desmaterialização diante das câmeras
Uma das cenas mais impactantes e controversas do ET Bilu na mídia está exatamente no programa CQC. O momento da desmaterialização acontece de forma nítida para as câmeras e é impressionante vê-lo “desfazendo” sua imagem. Trata-se de uma tecnologia, que permite passar para um outro portal. E o mais interessante (se é que é possível): mostra que ele possui o total domínio da matéria e de sua condição física. A imagem já foi analisada inúmeras vezes, e não foi apresentado nenhum laudo que conteste a autenticidade. Enquanto isso, é encontrada em diversos vídeos na internet e aqui você confere também esse trecho, em especial, das filmagens:
Não sabemos se um dia este Teste da Concha vai retornar e outras grandes mídias estarão lá tentando fazer história. Mas, se o jogo midiático – que determina o que é certo e errado para os seus telespectadores – insistir em ficar de pé, certamente cenas como essa se repetirão. Em suma, repórteres continuarão chegando até o interior do Mato Grosso do Sul, impressionando-se com o que viram e levando ao ar uma versão fajuta e tendenciosa dos fatos. Isso até o dia que um de nós ultrapassar essa barreira.
Pense nisso. E compartilhe com a gente sua visão nos comentários deste post.
Até a próxima, buscadores! ✨